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A COPPE inaugurou, dia 5 de outubro de 2004, o Centro Brasil – Grã-Bretanha de Engenharia Oceânica. O objetivo é promover a cooperação entre grupos de pesquisa e o setor industrial dos dois países. O Centro vai capacitar empresas nacionais e estrangeiras para atuar na área offshore, aliando o know-how brasileiro em águas profundas à experiência britânica no Mar do Norte.O Centro Brasil – Grã-Bretanha de Engenharia Oceânica é fruto de uma parceria entre a COPPE, a UK Trade & Investment, órgão de comércio exterior do Governo Britânico, a Society for Underwater Technology (SUT), a Subsea UK e a Shell.

A cerimônia de inauguração contou com a presença da Secretária de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Maria das Graças Silva Foster, do Embaixador Britânico, Peter Collecott, da Diretora da COPPE, Angela Uller, do Coordenador de Inovação Tecnológica da BP Amoco, David Brookes, do Diretor Geral da Subsea UK, David Pridden, entre outros.

O Embaixador Britânico, Peter Collecot, acredita que parceria não trará benefícios apenas para Brasil e Grã-Bretanha, mas terá repercussão global. ‘Os desafios tecnológicos envolvidos nessa empreitada produzirão efeitos positivos sobre a economia mundial’, afirmou. A Secretária do Ministério de Minas e Energia, Maria das Graças Foster, parabenizou a COPPE pela iniciativa e se disse orgulhosa por estar na instituição de prestígio nacional. ‘Por onde passo e falo da COPPE o reconhecimento é o mesmo’, elogiou. A secretária teve como orientador o professor da COPPE, Giulio Massarani, falecido recentemente.

“A progressiva escassez e o aumento no preço do petróleo estão tornando viáveis economicamente o desenvolvimento de tecnologias para exploração de petróleo em águas cada vez mais profundas. Além disso, a maioria dos países que até hoje se restringiram a explorar petróleo em terra já estão se preparando para ter que buscar esse recurso no mar. Para isso, vêm buscando parcerias com aqueles que já passaram por esse desafio”- afirma Segen Estefen, professor de engenharia oceânica da COPPE e coordenador do Centro.

Segundo a Diretora da COPPE, Angela Uller, a inauguração do Centro Brasil Grã-Bretanha enfatiza uma das linhas de atuação que a COPPE estará priorizando em 2005, que é a de transferência de know- how e tecnologia. “ Estamos nos preparando para ajudar nossos parceiros que atuam no setor de óleo e gás a transpor o atual desafio, que é viabilizar, do ponto de vista econômico e ambiental, a exploração dos recursos do mar em águas ultraprofundas. Um exemplo é o sistema de geração de correntes que ainda este ano começa a ser instalado no tanque oceânico da COPPE,” afirma. Para se ter uma idéia, 25 % dos projetos da COPPE estão voltados para o setor de óleo e gás. Em 2003, foram firmados um total de 1700 projeto, correspondendo a recursos em torno de 80 milhões de reais.