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O Laboratório de Tecnologia Submarina (LTS) da Coppe/UFRJ foi contemplado com o Global Pipeline Award, a mais importante premiação da indústria de dutos. Concedido anualmente pela American Society of Mechanical Engineers (ASME), o prêmio foi entregue, dia 4 de setembro, durante a Rio Pipeline Conference, ao professor Theodoro Antoun Netto, do Programa de Engenharia Oceânica da Coppe, que representou o coordenador do LTS, professor Segen Estefen.

Trata-se de um reconhecimento ao trabalho realizado no laboratório, que comemora 30 anos em 2019, e que é referência na formação de pessoal e desenvolvimento tecnológico para o setor de óleo e gás offshore.

É uma premiação importante, em nível internacional, que mostra a relevância do trabalho que vem sendo realizado no LTS nessas três décadas. Um reconhecimento não apenas ao laboratório, mas ao Programa de Engenharia Oceânica e a Coppe como um todo

Professor Segen Estefen

Na cerimônia, a ASME destacou duas tecnologias patenteadas que foram desenvolvidas no laboratório: o duto sanduiche e a técnica para reparo estanque da camada polimérica de dutos flexíveis.

De acordo com o professor Segen Estefen, o duto sanduíche é uma tubulação formada por duas camadas de aço com compósito polimérico no anular. Este conceito de duto pode contribuir na exploração dos depósitos do pré-sal, suportando pressões em profundidades superiores a 2,5 mil metros e temperaturas que variam de 4oC no ambiente externo a  60oC no óleo e no gás no interior do duto. O professor explica que manter a temperatura do óleo e do gás, para que não se solidifiquem e bloqueiem a tubulação, é um desafio que o novo conceito de duto ajudará a enfrentar. A estrutura sanduíche confere resistência a altas pressões do fundo do mar e o material polimérico do anular contribui para o isolamento térmico. Adicionalmente, apresenta peso submerso inferior aos dutos convencionais de aço, facilitando o processo de instalação.

Já a técnica para reparo estanque da camada polimérica de dutos flexíveis consiste em uma metodologia para solucionar danos causados na capa externa de um duto. Essa técnica pode ser aplicada no próprio local onde o duto está instalado.

Segundo o professor Theodoro Netto, esta capa polimérica, que é utilizada como proteção externa ao duto flexível, pode ser danificada durante a operação ou lançamento deste duto ao mar. Uma vez danificada, as camadas metálicas ficam expostas ao meio externo,  podendo sofrer corrosão e perda de integridade. Desenvolvida por meio de uma parceria entre o laboratório e a Petrobras, a técnica já vem sendo utilizada por empresas que prestam serviços à Petrobras.