Fundado em 1967, o Programa de Engenharia Oceânica (PEnO) da COPPE/UFRJ, é pioneiro na formação de recursos humanos de alta qualidade para atuação nas áreas de Engenharia Naval e Oceânica, e de Engenharia Costeira e Oceanográfica. Integra o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ao longo de suas atividades sempre teve forte interação com o setor produtivo, inicialmente no projeto e construção de navios, e nas últimas quatro décadas em temas relevantes à produção no mar de petróleo e gás, além de atuar ativamente em áreas de logística de transporte marítimo e fluvial e no aproveitamento das energias renováveis. No que tange ao meio físico, tem ampla atuação nas áreas de engenharia aplicadas ao desenvolvimento sustentável de ambientes costeiros, fluviais e estuarinos.

A Engenharia Oceânica da COPPE/UFRJ foi classificada em 17º lugar mundial entre os principais centros de Marine/Ocean Engineering.

Shanghai Ranking 2020

O PEnO é um programa de pós-graduação consolidado, constituído por corpo docente com formação robusta, oriundo de reconhecidas universidades no país e no exterior. O Programa apresenta ampla infraestrutura laboratorial, similarmente reconhecida internacionalmente pelos trabalhos tecnológicos e científicos realizados nessas instalações. Os resultados contribuíram para o avanço do conhecimento em importantes áreas de pesquisa naval e oceânica, assim como para o avanço da engenharia offshore.

Conheça o Programa de Engenharia Naval e Oceânica

Áreas de concentração

O Programa é constituído de duas grandes áreas de concentração: (i) Engenharia Naval e Oceânica e (ii) Engenharia Costeira e Oceanográfica.

Na área de Engenharia Naval e Oceânica, os cursos e as pesquisas estão principalmente orientados para o projeto, a construção e a utilização de estruturas oceânicas que possibilitem o transporte aquaviário e o aproveitamento dos recursos do mar, com ênfase na produção de petróleo e gás e, mais recentemente, na geração de energia por fontes renováveis no oceano (ondas, maré, corrente, gradiente de temperatura e vento). Os projetos de pesquisa associados a essa área tratam do comportamento hidrodinâmico e estrutural de sistemas oceânicos, incluindo os sistemas submarinos de produção (dutos submarinos, risers, umbilicais e outros equipamentos), projeto de navios, plataformas de petróleo e veículos submersíveis, métodos em projeto assistido por computador, estudos sobre eficiência energética de embarcações, transporte aquaviário, e logística das operações marítimas e fluviais.

A área de Engenharia Costeira e Oceanográfica trata de assuntos pertinentes à física do ambiente costeiro, fluvio-estuarino e marinho, bem como às intervenções antropogênicas nestes ecossistemas. Dentro deste escopo, trata da dinâmica de escoamentos e qualidade de água em ambientes costeiros e oceânicos; das aplicações tecnológicas da acústica submarina; das interações atmosfera-oceano; dos processos sedimentológicos litorâneos, lacustres, fluviais e estuarinos; da mecânica de geração, propagação e ação de ondas; de projetos de obras marítimas e portuárias; e dos estudos de gerenciamento costeiro, em costas marítimas e lacustres.

Discentes

O PEnO tem atualmente 116 alunos de mestrado e 95 alunos de doutorado, considerando-se dados de dezembro de 2019. A formação de alto nível de mestres e doutores propiciada pelo PEnO é reconhecida pelo setor produtivo e pela academia. Seus egressos têm se destacado em várias empresas e órgãos governamentais com foco em atividades marítimas, como sociedades classificadoras, empresas de petróleo e gás offshore, empresas de transporte marítimo, Marinha do Brasil, e órgãos governamentais de regulação ou de administração ambiental, bem como se destinado a universidades dedicadas ao ensino de engenharia costeira e naval. Em função do crescimento das atividades de pesquisa em áreas tecnológicas de ponta, tem crescido o número de alunos de doutorado e pesquisadores em pós-doutorado de nacionalidade estrangeira, principalmente da América Latina, da Europa e da Ásia e de países africanos de língua portuguesa.

Docentes

Além de atuar na pós-graduação, todos os professores do Programa têm atuação relevante em vários cursos de graduação da Escola Politécnica da UFRJ, tais como: Engenharia Naval e Oceânica (principalmente), Engenharia Civil, Engenharia de Petróleo e Engenharia Ambiental. Convém observar que existem relativamente poucos cursos de graduação e pós-graduação em Engenharia Naval e Engenharia de Petróleo no país e no exterior e apenas um curso de graduação em Engenharia Civil, Costeira e Portuária (FURG). Vale destacar que a Escola Politéncina da UFRJ oferece através de Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente do Curso de Engenharia Civil formação em Engenharia Costeira e Portuária desde os anos 70.

O corpo docente do PEnO possui doutorado em instituições internacionais de renome, como MIT (Massachusetts Institute of Technology), NTNU (Norwegian University of Science and Technology), Imperial College London, University College London, Berlin Technical University, University of Texas, entre outras.

Internacionalização

A inserção internacional do Programa é muito significativa, com seus professores sendo membros de conselhos editoriais de revistas científicas, comitês técnicos internacionais, inclusive comitês executivos, o que permite efetiva troca de experiências, que se reflete no ensino, na pesquisa e na interação com a indústria. O PEnO é uma referência no Brasil no que diz respeito ao ensino e pesquisa tanto na área de Engenharia Naval e Oceânica, quanto na área de Engenharia Costeira e Oceanográfica, atraindo alunos de diferentes regiões do país. A profícua cooperação internacional realizada em ensino e em projetos de pesquisa tem atraído cada vez mais alunos da Ásia, Oriente Médio, Europa, América do Sul e África, que se dirigem ao PEnO desde sua formação. Os alunos estrangeiros representam cerca de 20% dos discentes, e têm intensa participação em programas de pós-doutorado. Cabe observar que o PEnO formou vários doutores que atualmente lecionam em várias universidades do país e do exterior, com destaque para a China, onde sete ex-alunos de doutorado são atualmente professores na China University of Petroleum, possibilitando ampliar as atividades naquele país em tecnologias para águas profundas. Pesquisas e publicações em periódicos internacionais demonstram essa intensa cooperação. Em temas relacionados à engenharia costeira, e Oceanográfica, seus egressos têm trabalhado em empresas internacionais dedicadas ao tema, no Brasil e no exterior, assim como em instituto de pesquisa internacionais.